O Projeto intitulado “Os Educandos da EJA como agentes (trans) formadores nos 300 anos da História Cuiabana” recebeu a Medalha Paulo Freire, no ano de 2017, pelo Ministério da Educação (MEC) do Brasil.

De acordo com o Site Olhar Direto o projeto, que tem se desenvolvido desde o ano de 2017, encerra suas atividades este ano de 2019, com um saldo positivo de contribuições para a cidade de Cuiabá – (MT), no campo da educação.

No dia 30 de julho de 2019 o tema do projeto serviu como eixo temático para um dos Grupos de Trabalhos do III Seminário Educação Básica como Direito da rede municipal de Cuiabá: Integrando Saberes, organizado pela Prefeitura municipal de Cuiabá.

 De acordo com o Portal da Prefeitura Municipal de Cuiabá, o evento teve como objetivo oportunizar um espaço de formação e compartilhamento de boas práticas educativas entre os profissionais da rede pública municipal de educação, entre eles professores da educação básica, equipes gestoras, técnicos em desenvolvimento infantil (TDI) e técnicos de apoio das unidades educacionais, além de gestores e assessores da Secretaria de Educação.

Durante este processo de premiação e execução do projeto a Secretaria Adjunta de Educação, Edilene Machado, em entrevista ao referido site, falou sobre a importância do projeto para o município e explicou que as atividades desenvolvidas no projeto se configuram como uma forma inovadora de promover o resgate cultural da cidade de Cuiabá (MT), pelo fato de envolver, de forma integrada, professores que atendem a EJA, do campo e urbana no município.

Essa articulação entre as diferentes áreas de atuação do projeto é evidência das características interdisciplinares e intersetoriais da EJA. O trabalho desenvolvido é uma inspiração para sistemas educacionais, no Brasil e no Mundo, pois valoriza as especificidades de cada público-alvo, sem deixar de lado o aspecto coletivo que constitui uma dimensão fundamental de qualquer prática educativa.

Quando falamos em Educação de Pessoas Jovens, Adultas e Idosas, é imprescindível pensar numa atividade docente que esteja articulada ao cotidiano dos educandos. Nesse contexto é mister estabelecer uma prática pedagógica que atenda as demandas reais das vidas desses sujeitos, portanto, o currículo precisa estar articulado às habilidades e competências necessárias para que os sujeitos sejam capazes de construir caminhos para a transformação social, de modo mais justo.

Projetos como este reafirmam a educação como um direito, e mostram que nunca é tarde para a promoção de políticas públicas que possibilitem a construção de um futuro mais digno para pessoas que tiveram esse direito negado ao longo de suas vidas.

Os resultados do projeto puderam ser visualizados de modo efetivo durante as apresentações dos trabalhos dos educandos sobre economia solidária e empreendedorismo, no último dia do Seminário, sendo o ponto de culminância do evento.

Por: Jéssica Rodrigues Anizio Lira – Bolsista da Cátedra UNESCO de EJA